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Mostrando postagens com o rótulo tradição

Retorno ao lar depois de 30 anos de guerra litúrgica.

 Dom Mark Daniel Kirby, OSB Prior de Silverstream Priory* Com serenidade e humildade Algumas pessoas têm me perguntado se a minha avaliação pessoal da “reforma da reforma” de alguma forma significa que eu decidi desprezar a grande maioria dos católicos que ainda continuam a celebrar usando os ritos e os textos presentes nos atuais livros litúrgicos reformados. Nada poderia estar mais longe da minha mente e do meu coração. Estou bem ciente de que em dioceses e paróquias espalhadas pelo mundo afora um imediato reavivamento das antigas formas litúrgicas não é uma idéia realística. Eu acho que é algo que inexoravelmente irá acontecer, mas muito lentamente, na medida em que as novas gerações começarem a descobrir, ali e aqui, locais prósperos em que as celebrações Católicas são feitas no rito tradicional. É como Ratzinger uma vez disse: “a beleza está em casa” e na medida em que os mistérios da fé forem transmitidos com integridade, com serenidade e com profunda

Como surgiram as 7 notas musicais?

 Foi na Idade Média, tempo em que a Igreja cultivou a música, a arte, a arquitetura, o Direito, a Economia, a agricultura, as letras, etc., que surgiram as sete notas musicais. Não entendo como alguns historiadores tiveram a coragem de mentir ao povo dizendo que foi uma idade de trevas. É má fé com a Igreja que moldou este tempo. Um exemplo da bela cultura da Idade Média, é a criação das sete nota musicais, pelo Monge italiano Guido D’Arezzo ( 992-1050), que foi regente do coro da Catedral de Arezzo, na Toscana, e aproveitou a letra de um canto gregoriano, cantado pelas crianças do coral, para que São João as protegesse da rouquidão. Dessa forma, usou a primeira sílaba de cada verso para dar nome a cada uma das notas da Escala musical. A nota inicial de cada verso correspondia a uma nota da escala. Na época se usava o latim. A letra em latim é de Paolo Diacono (720-790), que significa: "Para que os teus servos possam cantar as maravilhas dos Teus Atos admi

Desabafo de um padre sobre missas

Celebrando a missa na Paróquia Cristo Ressuscitado em Padre Miguel - RJ   Padre Luis Fernando*   Sou padre há quase 5 anos. Fui seminarista por 7 anos. Já estive em vários lugares Brasil afora, já celebrei em tantos outros e guardo no meu coração uma tristeza profunda. Quando eu era criança na roça e ia com minha família à missa uma vez por mês eu sabia que naquela hóstia tinha Jesus. Eu sentia o cheiro da vela queimando e aprendi a me perseguinar toda vez que passava diante de uma Igreja. Eu achava tudo meio estranho porque não entendia a missa, mas, sentava no primeiro banco e respondia a todas as perguntas que o padre fazia na hora do sermão. Daí eu cresci, fomos pra cidade e eu continuava inocente. Fui pro seminário e as escamas de meus olhos caíram. A missa pela qual eu sempre nutri o maior religioso respeito virou palco virou show virou passeata virou passarela virou camarim de estrela virou sambódromo virou terreiro virou tudo e suportou

A glória e a exaltação de Cristo é a cruz

Dos Sermões de Santo André de Creta, bispo Celebramos a festa da cruz; por ela as trevas são repelidas e volta a lu z. Celebramos a festa da cruz e junto com o Crucificado somos levados para o alto para que, abandonando a terra com o pecado, obtenhamos os céus. A posse da cruz é tão grande e de tão imenso valor que seu possuidor possui um tesouro. Chamo com razão tesouro aquilo que há de mais belo entre todos os bens pelo conteúdo e pela fama. Nele, por ele e para ele reside toda a nossa salvação, e é restituída ao seu estado original. Se não houvesse a cruz, Cristo não seria crucificado. Se não houvesse a cruz, a vida não seria pregada ao lenho com cravos. Se a vida não tivesse sido cravada, não brotariam do lado as fontes da imortalidade, o sangue e a água, que lavam o mundo. Não teria sido rasgado o documento do pecado, não teríamos sido declarados livres, não teríamos provado da árvore da vida, não se teria aberto o paraíso. Se não houvesse a cruz,a morte não te

Casamentos que o Papa não abençoa.

    No sábado, dia 13 de julho, poucos dias antes da chegada do Papa Francisco ao Brasil, casaram-se no Rio de Janeiro, Beatriz Barata, neta do maior empresário de ônibus do Rio de Janeiro , e Francisco Feitosa Filho, dono de outra grande empresa do ramo, no Ceará. Entre os mil convidados, fizeram-se presentes nomes renomados da aristocracia social e econômica do país, inclusive um ministro do Supremo Tribunal Federal. Tudo muito bonito! O único inconveniente foi o casamento – cujas despesas teriam girado em torno de três milhões de reais – ter sido realizado no clima de protestos que varria então o país. Centenas de pessoas se aglomeraram diante da igreja Nossa Senhora do Carmo – julgo, por isso, que os noivos fossem católicos – e, em seguida, em frente ao Copacabana Palace, reclamando contra a ostentação e o esbanjamento que julgavam exorbitante num país onde a saúde está um caos e a imensa maioria do povo se mata para sobreviver … C

Lumen Fidei

Carta Encíclica Lumen Fidei do Sumo Pontífice Francisco aos Bispos, Presbíteros, Diáconos, às Pessoas Consagradas e todos Fiéis Leigos sobre a Fé. 1. A luz da fé é a expressão com que a tradição da Igreja designou o grande dom trazido por Jesus. Eis como Ele Se nos apresenta, no Evangelho de João: « Eu vim ao mundo como luz, para que todo o que crê em Mim não fique nas trevas » (Jo 12, 46). E São Paulo exprime-se nestes termos: « Porque o Deus que disse: "das trevas brilhe a luz", foi quem brilhou nos nossos corações » (2 Cor 4, 6). No mundo pagão, com fome de luz, tinha-se desenvolvido o culto do deus Sol, Sol invictus, invocado na sua aurora. Embora o sol renascesse cada dia, facilmente se percebia que era incapaz de irradiar a sua luz sobre toda a existência do homem. De fato, o sol não ilumina toda a realidade, sendo os seus raios incapazes de chegar até às sombras da morte, onde a vista humana se fecha para a sua luz. Aliás « nunca se viu ningu

50 anos depois, padres jovens retomam a batina

Há 50 anos a “libertação” da batina era tida gesto “jovem” Luis Dufaur · Há 50 anos o cardeal arcebispo de Paris, Mons. Maurice Feltin, aprovou que os padres deixassem de usar a batina em condições normais. Sua decisão, tomada em 29 de junho de 1962, não se apresentou como doutrinária ou moral, mas pastoral, visando adaptar os costumes eclesiásticos às mutações da sociedade. De fato, significou uma mudança histórica e foi acompanhada no mesmo ano pela maioria das dioceses francesas. O “clergyman” foi acolhido até com euforia por sacerdotes novos e “beatas” de sacristia, relembrou o colunista da revista “ La Vie ”, Jean Mercier em artigo sob o sugestivo título de “ A veste de luz ”. Mercier insiste na “embriaguez de modernidade” daquele momento pouco anterior ao Vaticano II para se compreender que a mudança foi recebida como “verdadeira liberação”. Hoje, jovens eclesiásticos querem a batina. Foto: seminaristas em cerimônia de tomada de batina Aproximada

NÚNCIO APOSTÓLICO RECOMENDA COMUNHÃO NA BOCA

O Excelentíssimo senhor Núncio Apostólico na Costa Rica, Arcebispo Pierre Nguyen van Tot , solicita formalmente aos bispos do país que voltem a distribuir a comunhão aos fiéis ajoelhados e diretamente na boca, como é o costume da Igreja nunca abolido, nem proibido. O fato dum Núncio Apostólico pedir que tal postura seja adotada mostra que não só a reforma da reforma está em marcha, a passos largos, mas que uma compreensão da missa enquanto sacrifício – considerada pelos teólogos modernistas como superada – está voltando naturalmente. Eis o efeito Bento XVI. Através de exemplos, não através de decretos que se tornam letra morta, o Papa está mudando a face da Igreja. É claro que é um processo lento, mas não podemos ignorar que é um processo que está acontecendo! (Una Voce Costa Rica) Uma postura corporal de acordo com a grandeza do Mistério Eucarístico; já que, como explicamos antes, é necessário assegurar-se que a fé professada se expresse e transmita adequadame

O rito da paz na santa missa

O padre Edward McNamara, LC, professor de teologia e diretor espiritual, responde a pergunta de leitor britânico Por Pe. Edward McNamara, L.C. ROMA, 12 de Abril de 2013 ( Zenit.org )  “Quando o sacerdote ou o diácono convida a assembleia a intercambiar o sinal da paz, pretende-se que a saudação seja feita entre as próprias pessoas, mais do que entre o padre e o povo? Eu ouvi dizer que o povo pode sempre se dar a saudação da paz, mesmo sem o convite do sacerdote ou do diácono” (GD, Thornley, Inglaterra). Oferecemos a seguinte resposta do pe. McNamara: O Ordenamento Geral do Missal Romano trata em diversas passagens do rito da paz. Descrevendo a estrutura geral da missa, ele diz no número 82: "82. Segue-se o rito da paz, com que a Igreja implora a paz e a unidade para si mesma e para toda a família humana, e os fieis expressam a comunhão eclesial e o amor mútuo antes de comungar sacramentalmente. Cabe às conferências episcopais estabelecer a maneira de rea

Breve Dicionário do papa Francisco

    Conheça um pouco mais sobre o pensamento do Santo Padre © Claudia CONTERIS / AFP O que o Papa Francisco pensa sobre o aborto, os jovens, a justiça social? Por cortesia do arcebispado de Buenos Aires e com trechos extraídos de entrevistas, apresentamos aqui alguns extratos das suas homilias mais recentes. ABORTO O aborto nunca é uma solução. Devemos escutar, acompanhar e compreender a partir do nosso lugar, a fim de salvar as duas vidas: respeitar o ser humano pequeno e indefeso, adotar medidas que possam preservar a sua vida, permitir seu nascimento e, depois, ser criativos na busca de caminhos que o levem ao seu pleno desenvolvimento. EGOÍSMO Nossas certezas podem se transformar num muro, numa cela que aprisiona o Espírito Santo. Quem isola sua consciência do caminho do povo de Deus não conhece a alegria do Espírito Santo que sustenta a esperança. É o risco que corre a consciência isolada, a consciência daqueles

Acerca del uso del velo

Rodrigo Lavor     Me dio mucho gusto ver en los últimos meses a varias mujeres jóvenes y a una mujer ya mayor llevando sobre sus cabezas el velo blanco dentro de las Misas. Una en Cali y algunas en Brasil, en Río, además. Curioso porque estas dos ciudades son ciudades tenidas por muchos como urbes perdidas... Pero en ellas hay signos de esperanza tambien... Para los que no saben o no recuerdan, el velo blanco manifiesta la virginidad de quienes lo llevan. En muchos casos, es compromiso para siempre, aunque no necesariamente. En Río, he visto a una niñita de 10 años con su velo blanco, pero ella quiere casarse, cosa que me parece muy bien. El velo negro es utilizado por las viudas y el gris por las casadas. Incluso, hay una parroquia a la que voy casi todos los domingos y no es raro encontrar a más de una mujer con su velo, blanco, negro o gris. Y es que el velo, poco a poco, va regresando a la Iglesia una vez más... En Congregaciones Marianas de EE.UU hay niñas que utilizan to

Confirmador do imutável

Carlos Ramalhete Publicado em 28/02/2013 | carlosgazeta@hsjonline.com   Hoje a Sé de Roma fica vacante, com hora marcada. O mais difícil, no mundo de hoje, é entender o que é a Sé de Roma, o que é um papa, para que ele serve, qual o seu papel. O historiador francês Alain Besançon, três anos atrás, escreveu no L’Osservatore Romano (o jornal oficioso do Vaticano) que Bento XVI “encontra-se numa posição semelhante à de Paulo VI após o Concílio Vaticano II, enfrentando o que aquele chamou de ‘autodestruição’ da Igreja. Desta vez, contudo, a autodestruição é de toda a sociedade, da natureza e da razão”. Uma sociedade em autodestruição não consegue entender para que serve alguém cuja função é testemunhar o Eterno. Ao papa – um homem como qualquer um de nós – cabe a difícil missão de dizer sempre o mesmo, de repetir, elucidar e esclarecer a Revelação concluída com a morte do último dos apóstolos, no fim do século 1. Em outras palavras, compete a ele “co

O que muda para um cristão em ser um Congregado Mariano

Ser um Congregado mariano é dar radicalidade ao Batismo. A finalidade das CCMM. é a formação de perfeitos católicos, íntegros, firmes e intrépidos, que lutem pela glória de Deus e de sua Santíssima Mãe e pela salvação das almas. Este único fim se concretiza em três finalidades: santificação pessoal, apostolado e defesa da Igreja. Os três são fins essenciais porque se faltar algum deles não existiria Congregação Mariana; pois se diz que a santificação pessoal é fim essencial primário e os outros dois são fins essenciais secundários para sublinhar a primazia do espiritual sobre a vida apostólica puramente externa, já que o apostolado deve brotar espontâneamente de uma intensa vida interior. A santidade do congregado consiste, fundamentalmente, em três coisas: a conservação valorosa e constante da vida da Graça em nossas almas, a aquisição das virtudes cristãs e a imitação da Santíssima Virgem e de seu Filho Jesus Cristo até o heroísmo. As defesas que pro