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Quem pensa não casa

Gustavo Corção O encontro com uma doutrina, mesmo com uma doutrina que é Pessoa e que se fez Carne, ainda não resolve os nossos problemas. Um encontro não se transforma em núpcias gradativamente e inevitavelmente; entre uma coisa e outra é preciso inserir um elemento decisivo. Há um provérbio de aparência imbecil que diz assim: “Quem pensa não casa.” É costume ver nesse provérbio um encorajamento para se ficar, durante a vida inteira, fechado numa prudência burguesa. Pensar, nesse caso, quer dizer: calcular despesas, prever doenças, avaliar a liberdade perdida em confronto com os novos encargos contraídos. Quem pensar assim não casará; resta-lhe a sabedoria negativa do provérbio para consolo. Não casa, mas pensa. É livre e pensa; é uma espécie de livre-pensador. Atrás desse sentido comodista, o provérbio encerra uma advertência e sugere que é melhor casar do que ficar pensando. Quando um sujeito, nos caprichos da vida, encontra moça que acha de sua afeição e que lhe corresponde

STF: o atalho fácil

From: Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz STF: o atalho fácil (como legalizar aborto e “casamento” homossexual sem passar pelo Congresso Nacional) Dos que defendem coisas espúrias não se deve esperar honestidade. Os que defendem o aborto e o “casamento” homossexual pouco se importam com o meio empregado para obter seus fins. Se o Congresso Nacional, composto por representantes do povo, recusa-se a aprovar um projeto de lei que libere o aborto (como o PL 1135/91) ou a “união civil”, “parceria registrada” ou “casamento” de pessoas do mesmo sexo (PL 1151/95), recorre-se ao Poder Judiciário para que este se substitua ao legislador. Não é à toa que há juízes e tribunais que, contrariando a lei, “autorizam” a prática do aborto de crianças deficientes (entre elas as anencéfalas) ou reconhecem a “união estável” entre

China comunista: o país mais cristão do mundo em 15 anos?

Julio Severo O Cristianismo está experimentando um crescimento disparado na República Popular da China — tão rápido que o país comunista de 1,35 bilhão de habitantes será o país mais cristão do mundo em 15 anos, de acordo com a reportagem “China on course to become ‘world’s most Christian nation’ within 15 years” (China no curso para se tornar a “nação mais cristã do mundo” dentro de 15 anos) do jornal inglês The Telegraph . A China é oficialmente considerada ateísta, mas um número cada vez maior de chineses está buscando respostas no Cristianismo — querendo conhecer a vida e os ensinamentos de Jesus Cristo. Claro que quando se fala em China e Cristianismo, o primeiro pensamento durante décadas sempre foram as chamadas igrejas subterrâneas — cristãos que se reuniam em esconderijos para adorar Jesus Cristo por um medo justificado de perseguição, prisão, tortura e morte. Mas o quadro está mudando. No domingo de Páscoa passado, uma mega-igreja no país comunista estava lotada

Os desabrigados diante da Catedral do Rio; ou: a caridade e a politicagem

 André Luiz* Não tive nenhuma educação religiosa quando criança dado que  meus pais sempre se mostraram indiferentes quanto à vida espiritual. Ainda assim sempre fui vividamente interessado no tema. Minha fé juvenil era alimentada por filmes cristãos que costumavam passar no fim do ano e na Semana Santa e por leituras do Evangelho, que eu realizava desde infante. A história de Cristo me fascinava e Sua Paixão me despertava profunda reverência. Por isso também um dos meus 'sonhos de criança', nunca realizados, era ver a encenação da Paixão e Ressurreição de Cristo que começava a ser feita nos Arcos da Lapa. Era um espetáculo de muito maior visibilidade que hoje, em uma cidade e um país bem mais católico-romanos e religiosos. A encenação deste ano, que sequer seria realizada na Lapa mas na Catedral Metropolitana, foi cancelada pela Arquidiocese. A causa, porém, não é o desinteresse crescente dos cariocas e sim os rumos que tomaram a desocupação da chamada 

Domingo da Ressureição

 D. Anselmo Chagas de Paiva, OSB Meus caros amigos, Neste domingo somos chamados a lançar o nosso olhar para o sepulcro vazio e contemplar o radiante mistério da ressurreição do Senhor. Ouvimos mais uma vez ecoar o confortador anúncio: " Cristo ressuscitou!".  Com o Domingo da Ressurreição iniciamos um novo período litúrgico, o tempo pascal. Páscoa significa “passagem”. A origem desta festa perde-se na noite dos tempos. Inicialmente, era uma festa de pastores, que no início da primavera, imolavam um cordeiro do rebanho. Os hebreus transformaram esta festa pastoril no “memorial” da libertação do Egito. Era imolado o cordeiro pascal, sinal da “passagem” de Deus, que fez passar o povo eleito da escravidão para a terra da liberdade. Para os cristãos é a festa principal do ano litúrgico, em que se “comemora” a morte de Cristo na cruz e a sua Ressurreição.  Ao celebrarmos a Ressurreição do Senhor, a liturgia nos recorda as palavras dirigidas pelo anj

Como o catolicismo de Tolkien influenciou sua obra?

Mas muitos fãs de Tolkien ficaram de queixo caído ao saber que ele, um professor de Oxford e amante de cachimbo, era um devoto e fiel católico. Como isso influenciou a sua obra? Drew Bowling Warner Bros Tolkien – um homem de piedosa e forte fé e educação católica – impregnou sua obra literária com a transcendência de sua fé cristã. Desconhecendo os mecanismos alegóricos (ainda que alguns especialistas em seu trabalho declarem o contrário), representou as verdades eternas que sustentam uma boa compreensão do catolicismo (beleza, virtudes, ordem moral, a eterna batalha entre o bem e o mal) em sua obra, de forma que a universalidade destas verdades é mais do que evidente. No caso de “O Hobbit” e “O Senhor dos Anéis”, mundos fantásticos e criaturas proporcionam um contexto no qual os elementos da ontologia cristã podem ser desenvolvidos fora do marco usual, o que reflete sua transcendência, bem como chegar a

Até quando, senhores da CNBB?

Percival Puggina Sei que o texto transcrito a seguir parece escrito com o cotovelo, mas era preciso ser fiel ao trabalho de seus redatores. Trata-se de um trecho do documento Análise de Conjuntura, referente a março de 2014, preparado pela assessoria da CNBB para a 83ª reunião do Conselho Permanente da entidade, ocorrida entre os dias 11 e 13 deste mês em Brasília . "Em análises anteriores da conjuntura econômica foi assinalado o discurso alarmista da imprensa e o alarmismo de analistas econômicos, não sem contradições na análise da realidade. Está bem presente um viés ideológico que perpassa todas as análises evidenciando um conluio entre a imprensa e os donos do dinheiro no país. O tom das análises reflete rancor, raiva e oposição ao governo atual, com parcialidade tal que perde o sentido de objetividade. A chave de leitura é uma oposição visceral do mundo financeiro e empresarial ao governo da presidente Dilma, ampliada com o horizonte das eleições e

Vanguarda sempre – As CCMM especializadas

Juliana Fragetti Ribeiro Lima  (aspirante da CM) Vivemos numa sociedade onde a especialização é a chave de tudo. Hoje não basta o sujeito ser neurologista ou ginecologista. Ele busca, mesmo dentro dessas áreas, que já são especialidades da medicina, uma especialização a mais. No direito idem. Só cível e criminal ou tributário é algo inexistente. O cara é isso e mais um teco. E poderíamos aqui listar todas as profissões hoje. Todas quase tem isso. É bem verdade que essa sede de especializações veio recentemente. O generalista deixou de ser algo tão bem acolhido na sociedade. As pessoas queriam o especialista. E isso só vem num crescente desde então. Congregação Mariana Feminina na Polônia (início do século XX) Ao contrário do que acusam, a Igreja sempre foi vanguarda. Até nisso! Séculos atrás, quando ninguém sonhava com esse afã de especialista nisso e especialista naquilo, já existiam as Congregações Marianas especializadas. Para o leitor te