A segunda união não é o foco do Sínodo da Família
O
instrumento de trabalho publicado pelo Vaticano em preparação ao Sínodo de
outubro próximo sobre a Família nasce das respostas ao questionário estruturado
em oito grupos de perguntas relativas ao matrimônio e à família. As respostas
foram enviadas pelas Conferências Episcopais, pelos Sínodos das Igrejas
Orientais Católicas sui iuris, Dicastérios da Cúria Romana e a União dos
Superiores-Gerais. Chegaram diretamente à Secretaria Geral também respostas de
um número significativo de dioceses, paróquias, movimentos, grupos, associações
eclesiais e realidades familiares, assim como de instituições acadêmicas,
especialistas, fiéis e outras pessoas interessadas em fazer conhecer a própria
reflexão.
instrumento de trabalho publicado pelo Vaticano em preparação ao Sínodo de
outubro próximo sobre a Família nasce das respostas ao questionário estruturado
em oito grupos de perguntas relativas ao matrimônio e à família. As respostas
foram enviadas pelas Conferências Episcopais, pelos Sínodos das Igrejas
Orientais Católicas sui iuris, Dicastérios da Cúria Romana e a União dos
Superiores-Gerais. Chegaram diretamente à Secretaria Geral também respostas de
um número significativo de dioceses, paróquias, movimentos, grupos, associações
eclesiais e realidades familiares, assim como de instituições acadêmicas,
especialistas, fiéis e outras pessoas interessadas em fazer conhecer a própria
reflexão.
Em
relação à crise dos matrimônios, as respostas apontam para a pouca atenção dos
nubentes aos cursos pré-matrimoniais. Em alguns países, onde há uma grande
secularização, constata-se uma crescente distância cultural dos casais em
relação ao ensinamento da Igreja. Cursos pré-matrimoniais particularmente
prolongados nem sempre são bem acolhidos; são sentidos mais como uma proposta
obrigatória do que como uma possibilidade de crescimento, e muitas vezes os
noivos se apresentam no último momento, quando a data já está marcada. A Igreja
reunida no Sínodo deve analisar este e dezenas de outros tópicos. Que não se
pense que na III Assembleia Extraordinária de outubro o tema dos separados e
recasados será o principal. Quem adverte é o Primaz do Brasil, Dom Murilo
Krieger, Cardeal-arcebispo de Salvador, entrevistado pela RV.
relação à crise dos matrimônios, as respostas apontam para a pouca atenção dos
nubentes aos cursos pré-matrimoniais. Em alguns países, onde há uma grande
secularização, constata-se uma crescente distância cultural dos casais em
relação ao ensinamento da Igreja. Cursos pré-matrimoniais particularmente
prolongados nem sempre são bem acolhidos; são sentidos mais como uma proposta
obrigatória do que como uma possibilidade de crescimento, e muitas vezes os
noivos se apresentam no último momento, quando a data já está marcada. A Igreja
reunida no Sínodo deve analisar este e dezenas de outros tópicos. Que não se
pense que na III Assembleia Extraordinária de outubro o tema dos separados e
recasados será o principal. Quem adverte é o Primaz do Brasil, Dom Murilo
Krieger, Cardeal-arcebispo de Salvador, entrevistado pela RV.
Segue abaixo o que disse Dom Murilo Krieger:
Com essa ideia de se olhar
para aqueles que estão em uma segunda união “matrimonial” se esqueceu daquele
que é o objetivo do Sínodo mesmo, que é a família que passa por uma grande crise.
Nos vemos que, além da Igreja, não encontramos outra instituição que esteja lutando
para defender a família, ao contrário, ela [a família] é apresentada de forma
meio negativa e agora se procura outras uniões, não aquela clássica bíblica com
pai e mãe, homem, mulher e filhos.
Assim, temo que as
expectativas ficaram um pouco fora do foco, que a primeira ideia do Sínodo deve
ser realmente um olhar da Igreja para a família. De que maneira a Igreja pode
ajudá-la a viver aquela que é a sua vocação, como dizia o Papa, o Santo Papa
São João Paulo II, família, torna-te aquilo que és, aquilo que é próprio da
essência da família.
E claro também penso que há
essa expectativa de como resolver a situação de quem está em segundas núpcias.
Não sei, mas não vejo muita saída fora de uma melhor preparação, penso que essa
vai ser uma das conclusões, a melhor preparação de quem se casa. Casar é muito
fácil e facilmente as pessoas se casam (...)
O caso de casamentos que não
deram certo, talvez o que se poderia fazer seria facilitar os estudos sobre a
validade ou não do casamento, e aí talvez nós iremos encontrar muitos
casamentos que não se sustentam, em que toda a perspectiva que levaram as pessoas
a se casarem já estava falha muitas vezes. Aquela ideia de buscar a si mesmo,
na verdade querer ser feliz, não pensar no outro.
Talvez a Igreja vá pensar
nisso, porque fora disso não vejo outra perspectiva de resolução, pois afinal
[o matrimônio] não é uma instituição da Igreja para que ela possa ter um amplo
campo de ação e dizer “vamos para a direita ou vamos para a esquerda”. Tem
sempre que olhar para Jesus Cristo, para o Evangelho para ver o que o Evangelho
nos diz da palavra de Jesus, o que Jesus espera da família.
Então nesse caso penso que a
reflexão sobre a família é muito importante no mundo tão desagregador onde a
família pouco se encontra, os filhos muitas vezes começaram a ver só seus
direitos e pouco os seus deveres, os pais muitas vezes não tendo consciência da
grave responsabilidade de colocar o filho no mundo, penso que tudo isso vai nos
obrigar a rever e aprofundar a pastoral da família.
Fonte:
News.Va - adaptado
fonte: A segunda união não é o foco do Sínodo da Família ~ Regozija-te com a Verdade
Comentários