cantora irlandesa no “Pub JP 2”
Uma iniciativa no espírito de João Paulo II
ROMA, sexta-feira, 4 de março de 2011 (ZENIT.org)
O desfile de carnaval romano atraiu milhares de pessoas às ruas na fria tarde de ontem. A Via del Corso foi finalmente coberta por confetes coloridos -um privilégio reservado aos pedestres só nessa noite.
Havia centenas de jovens reunidos perto da majestosa Basílica de São Carlos, cuja cúpula, que pode ser vista da colina da Trinità dei Monti, parece ser maior do que a da Basílica de São Pedro. Algumas pessoas pareciam saber para onde iam; outras, porém, as observavam enquanto caminhavam pelo Vicolo del Grottino, que começa perto da igreja.
Sob a direção de Vicolo del Grottino 3b , encontramos subterrâneos estilosos sob a poderosa basílica, reformados como clubes especiais para jovens. As portas se abriram e os turistas foram recebidos pelo som poderoso do rock. Isso impressionou inclusive um grupo de turistas de língua inglesa, que, curioso, tentou descer as escadas velhas que levam aos calabouços, iluminadas com velas. Mas o seu guia romano gentilmente levou o grupo de volta a um bar das proximidades.
O badalado clube JP2 é uma iniciativa da pastoral da juventude católica de Roma. Este espaço aberto foi criado em sintonia com o espírito de João Paulo II, que apreciava a cultura da juventude, a música, o espírito informal e amistoso como um terreno no qual cultivar os apóstolos o futuro. O elegante Grotto possui uma atmosfera agradável e, desta vez, os organizadores do clube JP2 conseguiram convidar a cantora e missionária irlandesa Maeve Heaney. Eles contaram com Maeve Heaney e sua banda para apresentar no palco "Música ao vivo, Maeve Heaney e a oração de longa distância em concerto", como anunciado no site http://www.gpdue.it. Normalmente, o show começaria por volta das 21h, segundo explicou o diretor do programa.
Jovens que servem cerveja, sucos e paninis romanos com profissionalismo e amor são todos voluntários. Generosamente, estão dispostos a realizar este serviço, depois das aulas ou do trabalho. As pessoas costumam ficar no pub até de madrugada. Na entrada, são discretamente colocados adesivos e panfletos. Muitas cadeiras também são espalhadas por todo o grotto. Pouco mais de 180 pessoas estiveram lá para ouvir um concerto na tarde do sábado, explicaram os funcionários a ZENIT. No entanto, eles queriam fazer "mais publicidade" deste evento.
Durante essa tarde, Maeve Heaney cantou suas músicas com todo o seu ser. Lá, as músicas e letras que ela havia escolhido despertaram o desejo de mais, a sede de vida e de amor, a sede de Deus. O público estava muito emocionado. Alguns cantavam e dançavam; a música fluía e fazia as paredes poderosas da basílica vibrarem, paredes que abraçam o sustentam o grotto de JP2.
Para Maeve Heaney, que tem participado das diversas Jornadas Mundiais da Juventude, essa tarde foi uma maneira de realizar a sua missão.
Maeve Heaney, doutora em Teologia, trabalhou por muitos anos no mundo fascinante da música como uma ponte até Deus. "É uma ponte que acolhe todos os que estão afastados da Igreja", disse a ZENIT. Certamente, a música é algo que toca a pessoa em todo o seu ser. "Se sua mente bloqueia e reprime uma experiência vivida, a música pode alcançar os sentimentos e chegar ao fundo", disse com um sorriso.
"O que significa isso?", perguntamos. Mas após horas de show, Maeve simplesmente se referiu à publicação de seu primeiro livro, "A música como prática teológica". Trata da questão das "dimensões da música contemporânea como meio para alcançar a fé". Com a publicação da sua tese de doutorado, que foi aceita pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, Maeve Heaney quer dar um novo impulso ao ministério de evangelização através da música. "Deus quer conquistar os corações e é capaz disso, também através da música", explicou Maeve. Esta é a sua convicção, este é o sentido de sua jornada com a música. "A música alcança e penetra diretamente o coração da pessoa; é como o amor de Deus, que quer simplesmente tocar a vida das pessoas diretamente."
(Angela Reddemann)
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