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Sobre o uso do véu

Rodrigo Lavor
 
Experimentei grande gosto ao ver nos últimos meses a várias mulheres jovens e a uma mulher já maior levando sobre a sus cabeças o véu branco dentro das Missas. Uma em Cali e, algumas no Brasil, no Rio, além do mais. Curioso porque estas duas cidades são tidas por muitos como urbes perdidas... Mas nelas também existem sinais de esperança...

Para os que não sabem ou não se lembram, o véu branco manifesta a virgindade de quem os levam. Em muitos casos, é compromisso para sempre, ainda que não necessariamente. No Rio, vi a uma menina de 10 anos, com o seu véu branco, mas ela deseja casar-se, coisa que eu acho muito boa.

O véu negro é usado pelas viúvas e o cinza pelas casadas. Inclusive, tem uma paróquia a qual vou quase todos os domingos e não é raro encontrar a mais de uma mulher com o seu véu, branco, preto ou cinza. O véu, pouco a pouco, vai retornando a Igreja...

Nas Congregações Marianas dos EUA têm meninas que usam todas elas um véu branco na Missa. Na Internet, há páginas promovendo o uso do véu.

No caso das freiras tem o mesmo sentido, mas é ainda mais radical dado que elas tratam de ocultar o cabelo debaixo do véu sempre. Algumas, inclusive, cortam o cabelo total ou parcialmente. É algo que varia de comunidade para comunidade. O que sim é de se lamentar são as freiras que tiraram o véu e o hábito porque quiseram ser o que não são: iguaizinhas as mulheres do mundo. E, graças a isto, hoje estas comunidades estão cheias de mulheres maiores e em picada. Claro está que comunidades com hábito também têm mulheres maiores, mas a possibilidade de novas vocações à vida religiosa é muito maior no caso das congregações que se mantêm fiéis ao carisma e ao estilo do fundador(a).

Algumas congregações deste tipo crescem e crescem; exemplos existem muitos.

Agora bem, porque o uso do véu? Porque o cabelo é tampado pelo véu e o cabelo costuma ser a "glória da mulher" como diz são Paulo. Em outras palavras, motivo de vaidade para muitas mulheres que o cuidam em demasia.

O véu, então, convida as mulheres a uma atitude humilde, de oração dentro da Igreja. Nada tem a ver com machismo de São Paulo, como dizem alguns. É a mulher que, com este ato, se declara pequena ante a grandeza de Deus. Por aí vai o assunto... Lamentavelmente, há pessoas que, por medo, preferem apenas falar da vivência da castidade.
 
 

Compreendo que muitos não querem falar das suas intimidades e é louvável, mas será que não podem adotar uma atitude um pouco mais forte e testemunhal? É uma lástima que muitas mulheres católicas tenham se entregado aos seus noivos para ter um ou vários encontros íntimos e agora, ainda que quisessem, não podem usar o véu branco dado que perderam a virgindade e também não podem usar o cinza e o preto porque não casadas e nem viúvas. Agora bem, virgindade não é só para mulheres, senão que para os homens também. Antes do matrimônio, nada de relações sexuais. Homem y mulher cristãos e católicos devem guardar-se o um para o outro até o matrimônio. E, dentro deste, terão as suas relações, as quais estão chamadas a estar embasadas no correto uso da razão unida à fé. Nem tudo é permitido dentro das 4 paredes e, isto também não tem a ver com uma intromissão da Igreja na vida das pessoas. É tão somente algo natural. Isto é o correto uso da sexualidade humana. Não somos animais que obramos por instintos, mas somos seres humanos que temos tendências que podem avançar ou retroceder. E, isto depende da nossa liberdade. E que fazem, então, as mulheres que perderam a sua virgindade e não podem usar o véu branco? Pois, não ponham nada nas suas cabeças, mas podem decidir viver no seu coração uma "segunda virgindade" e eu conheço a várias que têm este propósito assim como conheço a homens também. Naturalmente, o número de pessoas que já se iniciaram sexualmente é muito grande, mas não é pequeno o número de pessoas que se mantêm puras e íntegras apesar da sua curta ou longa idade. Até conheço a uma Filha de Maria em Cali, virgem aos seus mais de 60 anos. Formoso testemunho! E pensar que as Filhas de Maria era milhares no Brasil de menos de 60 anos atrás... Era coisa de encher uma praça com mulheres todas de branco e todas com o seu terço na mão.

O mesmo ocorre com o vestido matrimonial. O branco do vestido também quer expressar a virgindade da noiva. E, a rosa branca na lapela do terno do homem também é sinal da pureza masculina, da virgindade, mas hoje é quase um adorno. Quantas se casam de branco já havendo perdido a sua virgindade? Não me perguntem, pois, que cor de vestido pôr então. Não sei... Só comento o sentido do vestido branco no matrimônio, tal como é. Fica registrado então este longo comentário, cuja ideia, como sempre, é explicar e propor sem impor nada.

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