Pular para o conteúdo principal

Renato Aragão confirma: “O Segundo Filho de Deus” existe. Mas já tem outro nome. « Ecclesia Una

Renato Aragão confirma: “O Segundo Filho de Deus” existe. Mas já tem outro nome.


1 Votes

O roteiro do novo filme de Renato Aragão tem sido o assunto dos últimos dias. Sítios de notícias da Internet reportaram que o ator global estaria trabalhando na produção de “O Segundo Filho de Deus”. Sobre o projeto, ele teria explicado: “Como Jesus veio à Terra e não conseguiu cumprir a sua missão, porque os homens não deixaram, Deus resolve mandar um segundo filho. Aí, sim, Ele cumpre a missão.”
A repercussão desta declaração foi imediata. Mensagens de repúdio se multiplicaram nas redes sociais; a blogosfera cristã se mostrou revoltada com a proposta do filme. Mas, até que ponto o que foi dito e propalado, sobre a nova produção de Renato Aragão, é verdadeiro?
“Minha empresa já produziu mais de 45 filmes, todos voltados para o entretenimento da família brasileira, respeitando nossos valores e nossa cultura. Sou católico e temente a Deus. Jamais abriria mão de minha fé incondicional em Jesus, o Filho Único de Deus. Gostaria, entretanto de relembrar que fé e ficção são áreas completamente distintas, mas que sempre despertaram polêmicas, desde Milton, em ‘Paraíso Perdido’ até José Saramago em seu ‘Evangelho Segundo Jesus Cristo’. Mesmo estes gênios literários e suas polêmicas obras não foram capazes de rebaixar a Bíblia e as histórias de vida ali contidas a meros personagens de obras literárias ou de ficção. (…) Realmente escrevi um roteiro provisoriamente intitulado ‘O Segundo Filho de Deus’, obra de ficção com registro público na Biblioteca Nacional, a qual vem sendo deturpada, dizendo inclusive que eu teria a pretensão de ser o ‘novo’ Jesus!, ABSURDO. (…) Só para esclarecer, este roteiro inclusive já teve o título alterado para ‘O Segredo da Luz’ e não há previsão para sua realização. Acredito que estas pessoas, que nem sequer tiveram acesso à obra, querem apenas incitar os incautos a juntarem-se a eles nesta invejosa empreitada de denegrir meu nome e desacreditar uma campanha séria que já comprovou sua atuação e eficácia em 27 anos de resultados positivos. Registro que nestes 27 anos isso sempre acontece… infelizmente.”
Esta nota publicada por Renato Aragão é importante, mas nem de longe esclarece toda a situação. Por exemplo, o que ele quis dizer quando afirmou que sua obra de ficção vinha “sendo deturpada”? Se as declarações a ele imputadas foram mentiras espalhadas pela mídia, então, realmente, sem nenhuma informação do roteiro do filme, fica difícil fazer uma conjetura fiel da situação. Porém, se ele realmente revelou a trama do filme – ou seja, que Jesus veio ao mundo, não cumpriu sua missão, e a sua personagem seria “o segundo filho de Deus” -, o conteúdo da obra continua sendo uma brincadeira de muito mau gosto, uma ofensa à Fé de todos os cristãos.
A propósito, vários espíritas reclamaram por termos feito um paralelo entre a ideia contida no roteiro de “O Segundo Filho de Deus” e o espiritismo kardecista. “Vem do espiritismo – disse, na ocasião – esta ideia de que o sacrifício de nosso Senhor Jesus Cristo foi insuficiente, e de que, portanto, seria preciso uma nova ‘revelação’; vem do espiritismo a noção de que Jesus não era Deus, mas simplesmente um espírito evoluído, sendo, portanto, de pouca importância sua missão nesta Terra.” Mas, é verdade: para o espiritismo, Cristo não foi suficiente. Se esta fosse a fé dos espíritas, não haveria necessidade de Allan Kardec, de evocação dos mortos ou de codificação de “mensagens do além”. Bastaria o Sangue redentor de nosso Senhor Jesus Cristo (cf. 1 Pd 1, 18-19). Mas, que redenção? Segundo um escritor espírita, “a missão do Cristo não era resgatar com o seu sangue os crimes da Humanidade” (Cristianismo e Espiritismo, capítulo 7, Os Dogmas – os Sacramentos, o Culto). Por essas e outras tantas coisas – e por mais que Allan Kardec diga o contrário -, o espiritismo é totalmente incompatível com a doutrina ensinada pelos Apóstolos, com a Fé da Igreja no poder redentor do Sangue do Cordeiro…
Todo cristão católico que demonstra simpatia com esta falsa doutrina – que se escarnece publicamente do sacrifício de Cristo na Cruz – flerta com o demônio, porque adere à mentira, à heresia. O roteiro de “O Segundo Filho de Deus” pode até ser uma invenção midiática (o que não parece ser o caso, já que o próprio Renato Aragão confirmou ter mesmo escrito “um roteiro provisoriamente intitulado ‘O Segundo Filho de Deus’”), a fé de Renato Aragão “em Jesus, o Filho Único de Deus”, pode até ser incondicional (pelo menos a CNBB crê piamente nisto), mas a negação do poder redentor do Sangue de Cristo pela doutrina espírita é real, o recurso constante do espiritismo à evocação dos mortos – prática condenada repetidamente pelas Escrituras (cf. Lv 19, 31; 20, 27; Dt 18, 10-12) – é fato… Permanecem inconciliáveis a fé na divindade de Jesus, no cumprimento de sua missão salvífica, e a crença nas sandices kardecistas, inventadas para enganar os incautos.


Renato Aragão confirma: “O Segundo Filho de Deus” existe. Mas já tem outro nome. « Ecclesia Una

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Porque chamamos as pessoas de "senhor" ou "senhora"?

Rodrigo Lavôr No Rio, quando você chama alguém de "senhor" ou "senhora" é comum que as pessoas te respondam: "deixa de ser formal. O Senhor ou a Senhora estão no Céu!". Trate-me de "você"! Bem, não deixa de ser bonito, dado que "você" é abreviação de "vossa mercê". Porém, por desconhecimento da raiz latina da palavra "senhor", perdemos muitas vezes a oportunidade de receber um grande elogio. "Senhor" vem de "dominus, i", o que significa: senhor, dono. Antigamente, se dizia "senhor" e "senhora" a toda pessoa a qual se desejava dizer: "você é dono (a) de si mesmo (a)", ou seja, você é uma pessoa madura, que tem "self mastery" ou uma pessoa muito virtuosa porque tem areté (= virtude, no grego). Sendo assim, não percamos a oportunidade de deixar que nos chamem "senhores de nós mesmos" quando acharmos que as coisas, de fato, são assim. Não tem nada a

25 de março - fundação da primeira Congregação Mariana no mundo.

25 de março - solenidade da Anunciação do Senhor (Nossa Senhora da Anunciação) fundação da primeira Congregação Mariana no mundo Roma, 1563. "Roma e o Colégio Romano estavam fadados para o berço da primeira Congregação própriamente Mariana, cuja fundação Deus reservara a um jesuíta belga: o pe. Leunis. Em 1563 reunia este Padre, no princípio semanalmente, depois cada dia, aos pés de Nossa Senhora, os seus discípulos e muitos que não o eram, orando todos à Ssma. Virgem, e ouvindo a seguir uma breve leitura espiritual. Nos Domingos e Festas cantavam-se ainda as Vésperas solenes. Um ano depois, em 1564 eram já setenta os congregados e davam-se as primeiras Regras, cujo teor em resumo era: Fim primário: progresso na sólida piedade e no cumprimento dos próprios deveres, sob a proteção e com a ajuda da Virgem Ssma. Meios: confissão semanal, ouvir Missa cada dia, rezar o Rosário, e fazer outras orações do Manual. Nos dias de aula, depois desta, um quarto de hora de meditação, e ou

Um olhar por trás da controvérsia da Eucaristia da JMJ Lisboa

  por Filipe d'Avillez 11 de agosto de 2023 . 14h08     Enquanto a Jornada Mundial da Juventude de Lisboa termina, o debate persiste sobre algumas decisões litúrgicas tomadas durante o festival de uma semana realizado para peregrinos católicos de todo o mundo.  O Papa Francisco disse que Lisboa foi a Jornada Mundial da Juventude mais bem organizada que ele já viu como papa, mas alguns católicos estão criticando, com polêmica nas redes sociais sobre o tratamento da Eucaristia em Lisboa.  A Eucaristia reservada em uma tenda na Jornada Mundial da Juventude, na forma prescrita pela Fundação Jornada Mundial da Juventude. Crédito: MN. Havia dois pontos principais de discórdia. Uma delas tem a ver com a cibória usada numa missa ligada à Jornada Mundi