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o Carnaval

Dom Fernando Arêas Rifan* Semana próxima é o Carnaval. Como todos os anos, aproveitamos a ocasião para uma reflexão de ordem histórica e espiritual. Segundo uma teoria, a origem da palavra “carnaval” vem do latim “ carne vale ”, “adeus à carne”, pois no dia seguinte começava o período da Quaresma, tempo em que os cristãos se abstêm de comer carne, por penitência. Daí que, ao se despedirem da carne na terça-feira que antecede a Quarta-Feira de Cinzas, se fazia uma boa refeição, com carne evidentemente, e a ela davam adeus. Tudo isso, só explicável no ambiente cristão, deu origem a uma festa nada cristã. Vê-se como o sagrado e o profano estão bem próximos, e este pode contaminar aquele. Como hoje acontece com as festas religiosas, quando o profano que nasce em torno do sagrado, acaba abafando-o e profanando-o. Isso ocorre até no Natal e nas festas dos padroeiros das cidades e vilas. O acessório ocupa o lugar do principal, qu

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Na mesa uma menina, de uns seis ou sete anos e o pai, um homem de meia idade, terno e gravata. A menina ainda almoçando e ele, um pouco impaciente, querendo ir embora. Nessa hora, meio dia, o Fellini, na General Urquiza, é uma confraria da terceira idade. Todos os velhinhos do Leblon de outros tempos se reúnem, formam um mar de cabelos brancos. Parecem todos amigos. Hoje, no meio daquele oceano, estávamos eu e, duas mesas na minha frente, o pai e a filha. De repente o pai, já sem paciência, fala de uma maneira mais ríspida e a menina começa a chorar. Entre lágrimas diz que quer a sobremesa que ele prometeu. O pai responde que não dá, estão atrasados para a escola, precisam ir embora. As lágrimas comovem a todos. O mar de cabelos brancos está revolto. Há um impasse: o pai não cede, a menina não para de chorar. Ele quer, com a melhor das intenções, dar limite e responsabilidade à filha. Ela não consegue entender porque não tem direito à sobremesa, se comeu toda a salada e

O que realmente significa o apoio e a bênção à exposição da imagem de Nossa Senhora no Carnaval?

As muitas manifestações ocorridas em torno da polêmica ocasionada pelo apoio de autoridades católicas à exposição da imagem de Nossa Senhora na festa do carnaval deve-nos fazer dar conta da grande confusão e profunda desorientação em que se encontra o nosso povo. O avançado processo de deterioração da sociedade, resulta sobretudo, do avançado processo de deterioração do clero católico. Embora a Igreja possua uma doutrina clara e princípios sólidos que devem nortear a conduta moral de seus fiéis, desde há muito, esta clareza e a solidez destes princípios vêm sendo omitidos, negados e combatidos de forma sistemática dentro da própria Igreja. Os fiéis estão confusos e desorientados. Perdeu-se a consciência da universalidade e perene validade dos princípios morais, dos mandamentos de Deus e da lei objetiva que devem orientar a conduta dos cristãos. Têm-se a impressão que a doutrina católica muda de paróquia para paróquia, de diocese para diocese, à depender do padre o

O Fiel Católico: O problema da Igreja Católica são os próprios católicos

Por Felipe Marques – Fraternidade São Próspero [ Se você tem certeza de que já é santo e vive perfeitamente a vida cristã, se considera que está 'salvo' ou se pensa que, por ser Deus amor, então não é preciso aperfeiçoar-se e nem buscar o crescimento espiritual, não leia este artigo: ele contém exortações que não servem para você ] TALVEZ O TÍTULO desse artigo escandalize alguns dos leitores; talvez alguns queiram lê-lo somente por curiosidade; enfim, esse artigo é direcionado às pessoas de boa vontade, católicos acomodados ou que pensam estar em um alto grau de santidade e que por nutrir pensamentos como este, não se dão conta dos perigos do orgulho e da vaidade. Afirma-se, acertadamente, que aquele que diz: “Eu sou humilde”, já demonstrou, da forma mais clara e direta possível, que não é o que diz ser! Como ensina São Paulo: “Portanto, quem pensa estar de pé veja que não caia” (I Cor 10, 12). Você católico, nunca perca de vista qu

Cardeal Müller: Amoris Laetitia não contradiz ensinamento católico sobre o matrimônio

VATICANO, 02 Fev. 17 / 11:00 am ( ACI ) O Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Gerhard Müller, afirmou que a exortação apostólica Amoris Laetitia não contradiz a doutrina católica sobre o matrimônio “como uma união indissolúvel entre um homem e uma mulher” e, portanto, incentivou a ler este documento inteiro, para evitar confusões e tornar “o Evangelho do matrimônio e da família mais atraente para as pessoas”. Em uma longa entrevista publicada ontem pela publicação italiana ‘Il Timone’, a autoridade vaticana afirmou que “ Amoris Laetitia está claramente interpretada à luz de toda a doutrina da Igreja ” e, portanto, “não está bem que tantos bispos estejam interpretando” o documento “segundo a sua própria maneira de entender o ensinamento do Papa. Isso não está de acordo com a doutrina católica”. “O magistério do Papa somente pode ser interpretado por ele mesmo ou através da Congregação para a Doutrina da Fé. O Papa interpreta os bispos,

"Religião nenhuma salva, quem salva é Jesus."...

Organizado e adaptado por: João Felipe Ferreira  Quem nunca ouviu essa frase? Parece muito profundo e bonito, mas não é, pois este é um argumento NO MÍNIMO cont raditório. Infelizmente nos dias de hoje a palavra religião está sendo interpretada como má, inclusive por alguns crentes. Acontece que as pessoas se confundem por não saber ao certo a real definição das palavras.  A palavra "religião" vem do latim "religare", que significa religar. No âmbito cristão entendemos que o homem ao pecar rompeu sua ligação com o Criador, então Jesus veio ao mundo pra consertar isso e nos RELIGAR a Deus. Portanto existe uma ÚNICA religião que salva, pois essa VERDADEIRA RELIGIÃO foi fundada pelo próprio Cristo (que é a Salvação em Pessoa) e deixou a sua Igreja para nos RELIGAR ao Pai através do Filho, pelo Espírito Santo. É muito difícil explicar isso para as pessoas, mais difícil ainda é elas aceitarem, pois muitos se perguntam: "Você está dizendo q

Ives Gandra Filho transforma Folha em pó ao desmascarar “fake news” publicada pelo jornal – JORNALIVRE

Depois das mentiras vergonhosas da Folha, que tentou assassinar sua reputação inventando citações que ele jamais proferiu, Ives Gandra Junior soltou uma nota à imprensa. Diante de notícias veiculadas pela imprensa, descontextualizando quatro parágrafos de obra jurídica de minha lavra, venho esclarecer não ter postura nem homofóbica, nem machista. Deixo claro no artigo citado, de 70 páginas, sobre direitos fundamentais, que as pessoas homossexuais devem ser respeitadas em sua orientação e ter seus direitos garantidos, ainda que não sob a modalidade de matrimônio para sua união. Por outro lado, ao tratar das relações familiares, faço referência apenas, de passagem, ao princípio da autoridade como incito a qualquer comunidade humana, com os filhos obedecendo aos pais e a mulher ao marido no âmbito familiar, calcado em obra da filósofa judia-cristã Edith Stein, morta em campos de concentração nazista […] O compartilhamento da autoridade sempre me pareceu evidente, tendo sido

Maria na tradição dos primeiros séculos

* David A. Conceicao     Através dos primeiros escritos históricos - os quais são chamados Patrísticos -, percebemos como os cristãos foram compreendendo e aprofundando os numerosos títulos encontrados no Evangelho: - " Cheia de Graça " ( Lucam I,28 ) - " Serva do Senhor " ( Lucam I,38 ) - " Mãe do meu Senhor " ( Lucam I,43 ) - " Bem-aventurada me chamarão todas as gerações " ( Lucam I,48 ) Maria à Luz dos Escritos Patrísticos! 1. Santo Inácio de Antioquia - ano 107 " Nosso Deus, Jesus Cristo, tomou carne no seio de Maria segundo o plano de Deus... Permaneceu oculta ao príncipe deste mundo ( Ioannem XII,31. XIV,30 ) a virgindade de Maria e seu parto, como igualmente a morte do Senhor: três mistérios de grande alcance, que se processaram no silêncio de Deus " ( Inácio aos Efésios 18 e 19 ). " ... de Jesus, da descendência de Davi, Filho de Maria, o qual nasceu de fato, comeu e bebeu " ( Inácio ao

Quem cuida dos outros recebe o pagamento em anos de vida

Redação do Diário da Saúde Metade dos que cuidavam de outros continuavam vivos dez anos após a primeira entrevista. Em contraste, cerca de metade dos que não ajudavam ninguém morreram dentro de cinco anos. [Imagem: Jessie Willcox Smith/Wikipedia] Cuidar sem obrigação Pessoas mais velhas que ajudam e apoiam outras pessoas também estão fazendo um favor a si mesmas. É assim, por exemplo, que avós que cuidam de seus netos vivem em média mais tempo do que os avós que não cuidam dos netos. A informação é resultado de análises de sobrevivência e longevidade de mais de 500 pessoas, com idade entre 70 e 103 anos, participantes do Estudo de Envelhecimento de Berlim (Alemanha), coletados entre 1990 e 2009. Em contraste com a maioria dos estudos anteriores sobre o tema, desta vez não foram incluídos avós que eram cuidadores primários ou de custódia, mas apenas aqueles que proviam cuidados infantis ocasionais, bem como adultos mais velhos que não tinham filhos ou netos,

Menino escapa da morte em SG após colocar terço no pescoço

A avó Zeli e o pai acreditam que Richard foi salvo por um milagre e atribuem o feito a fé em Nossa Senhora Aparecida, de quem todos os familiares são devotos Foto: Sandro Nascimento Por Thuany Dossares Com uma vela acesa, um terço sobre a foto do neto e as mãos juntas em sinal de oração, a dona de casa Zeli Gomes de Almeida Macaé, 66, agradece a Nossa Senhora Aparecida pelo livramento dado ao seu único neto, Richard Lúcio de Oliveira Macaé, de seis anos, vítima de

Três sacerdotes que pereceram no Titanic recordados no centenário da tragédia marítima

Três sacerdotes que pereceram no Titanic recordados no centenário da tragédia marítima Pe. Juozas Montvila, Pe. Joseph Peruschitz e Pe. Thomas Byles.    Quase exatamente cem anos após o Titanic ter afundado se multiplicam as histórias sobre os seus passageiros contadas pelos sobreviventes, como aquela dos três sacerdotes que por distintos motivos se encontravam a bordo do navio na noite em que este colidiu fatalmente com um iceberg, e ajudaram heroicamente os passageiros a subir nos botes salva-vidas e, nos momentos finais, acompanharam com os sacramentos e a oração as vítimas do desastre. O Pe. Juozas Montvila, sacerdote nascido em 1885 em Lituânia, o mais jovem dos três presbíteros a bordo do transatlântico, dirigia-se aos Estados Unidos para servir pastoralmente às comunidades de imigrantes lituanos em Nova Iorque ou em Massachusetts. O presbítero foi sedo proibido de exercer seu ministério católico em sua terra natal , em meio da repressão religiosa dos czares ru