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Mostrando postagens com o rótulo tradição

A Cátedra de São Pedro

    Cátedra de são Pedro Hoje (22), a Igreja celebra a festa da Cátedra de São Pedro, uma ocasião importante que remonta ao século IV e que rende comemoração ao primado e autoridade do apóstolo Pedro, o primeiro papa da Igreja. Além disso, esta celebração recorda a autoridade conferida por Cristo ao apóstolo quando lhe diz, conforme relatam os Evangelhos: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja. E as portas do inferno não prevalecerão sobre ela”. A palavra “cátedra” significa assento ou trono e é a raiz da palavra catedral, a Igreja onde um bispo tem o trono do qual prega. Sinônimo de cátedra é também “sede” (assento). A “sede” é o lugar de onde um bispo governa sua diocese. Por exemplo, a Santa Sé é a sede do papa.

A Igreja e a benção dos casais em situação irregular e do mesmo sexo

Na data de hoje, o Dicastério para a Doutrina da fé  publicou  um documento que fala sobre a bênção de casais em situação irregular e de parceiros do mesmo sexo. A notícia colocou em ebulição todo o orbe católico, inflamado pelas manchetes sensacionalistas, que procuram tirar audiência do assunto. Diante disso, fizemos uma entrevista com o Pe. Dr. José Eduardo de Oliveira e Silva, da Diocese de Osasco, doutor em Teologia Moral. Aleteia : Padre, o Documento publicado hoje tem causado reações polarizadas, qual seria, afinal, a finalidade desse tipo de pronunciamento do Magistério em si? Pe. José Eduardo:  Como o próprio Card. Fernández, Prefeito do Dicastério, salientou logo na introdução, o documento é apresentado sob a tipologia de Declaração, que é o tipo mais simples de documentos magisteriais. Diferentemente de uma Instrução, que teria caráter mais normativo, uma Declaração é apenas uma manifestação do Magistério acerca de um tema controverso, mas não com a força de um

A árvore de Natal é um símbolo pagão?

Creative Commons Não. E você vai ficar encantado ao conhecer a sua história! É recorrente ouvir afirmarem que a árvore de Natal é um símbolo “forçado”, de origens pagãs, mais ou menos “adaptado” ao cristianismo e um tanto “avulso” no meio do real significado natalino. Certamente, o elemento visual mais evidentemente cristão do Natal é o presépio , mas isso não quer dizer que o simbolismo da árvore seja “avulso” ou “forçado”: ele recorda mensagens essencialmente natalinas e tem tudo a ver com o evento (indescritível, no fim das contas) do Nascimento do Filho de Deus em meio a nós. Compreender o simbolismo da árvore de Natal nos exige conhecer o impacto de São Bonifácio na vida da Igreja e o quanto o seu testemunho missionário impactou os cristãos que ele converteu do paganismo. São Bonifácio, o incansável São Bonifácio nasceu na Inglaterra por volta do ano 680 e, após entrar na ordem dos monges beneditinos, foi enviado como missionário à região da atual Alemanha , onde se tor

Do Sermão do Nascimento da Mãe de Deus

Sant'Ana e a Virgem Maria Quereis saber quão feliz, quão alto é e quão digno de ser festejado o Nascimento de Maria? Vede o para que nasceu. Nasceu para que dEla nascesse Deus. (...) Perguntai aos enfermos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde; perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios; perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo; perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação; perguntai ao s tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres; perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança. Os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; os discordes, para Senhora da Paz; os desencaminhados, para Senhora da Guia; os cativos, para Senhora do Livramento; os cercados, para Senhora da Vitória. Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho; os navegantes, para Senhora da Boa Viagem; os temerosos da sua fortuna, para Senho

A Natividade de Nossa Senhora.

J. A. Loarte. Muitos séculos tinham passado desde que Deus, às portas do Paraíso, prometera aos nossos primeiros pais a chegada do Messias. Centenas de anos em que a esperança do povo de Israel, depositário da promessa divina, se centrava numa donzela, da linhagem de Davi, que está grávida e vai dar à luz um Filho, que deve se chamar Emanuel (Is 7, 14). Geração após geração, os israelitas piedosos tinham esperado o nascimento da Mãe do Messias, aquela que haveria de dar à luz, como anunciava Miquéias tendo em fundo a profecia de Isaías (cfr. Mq 5, 2). Depois do regresso do exílio na Babilônia, a expectativa do Messias tinha-se tornado mais intensa por parte de Israel. Uma onda de emoção percorria aquela terra nos anos imediatamente antes da Era Cristã. Muitas antigas profecias pareciam apontar nessa direção. Homens e mulheres esperavam com ânsia a chegada do Desejado das nações. A um deles, o velho Simeão, o Espírito Santo tinha revelado que não morreria sem que

Sobre a história da Igreja

    Joathas Soares Bello A história da Igreja tem várias fases, todas com seus prós e contras. A Igreja apostólica já contava com anticristos/falsos doutores, como as epístolas católicas deixam bastante claro. Mas existe um movimento ascendente e outro descendente na relação Igreja-mundo. O ascendente vai da perseverança nas perseguições (dos judeus e romanos) à liberdade e à oficialização, passando depois pela conversão das nações bárbaras até a formação da Cristandade, cujo auge é o século XIII (Universidades, Catedrais, Renascimento Urbano e Comercial, Inocêncio III, S. Francisco, S. Tomás, S. Boaventura, S. Antônio, S. Luís). A partir daí -e não só da reforma protestante, como apregoam certos esquematismos muito simplistas, que não levam em conta algumas questões políticas e filosóficas que já surgem no séc. XII - a Igreja, do ponto de vista sociológico, começa a se contaminar pelo espírito mundano. A Inquisição, mesmo a medieval, na prática foi u

"Tradicionalistas", "conservadores" e "progressistas"

Joathas Soares Bello 1) Tradicionalistas Bento XVI gosta de falar da "Tradição viva" da Igreja. Obviamente alguns "tradicionalistas" sentem calafrios. Entre eles há vários que tratam a Tradição como algo do "passado". Um passado que haveria terminado, teologicamente, no século XIII (com o eminente Doutor Angélico), e magisterialmente em Pio XII (cujas encíclicas são, de fato, excelentes). Eles estão certos em defender a Missa "de São Pio V". Quem quer que leia a Sacrosanctum Concilium e conheça (existencialmente) aquele Missal tradicional não pode imaginar ou desejar (toda) a reforma verificada no Missal de Paulo VI. Não se trata só dos "abusos", mas de modificações que objetivamente não foram para melhor; e nem falo da tradução do missal ao vernáculo, pois o latim é um acidente importante daquele Missal, mas acidente. Sem entrar em detalhes da teologia dos missais, a destruição da música sacra, por exemplo, é

A conservação hoje da Missa na Forma tradicional

Levados pelo legítimo desejo de conservar a riqueza litúrgica do rito tradicional e chocados, com razão, em sua fé e piedade com os abusos, sacrilégios e profanações a que deu azo a reforma, os católicos da linha tradicional, não querendo ver a “liturgia transformada em show” nem querendo compartilhar com erros e profanações que viam, apegaram-se legitimamente às formas tradicionais da liturgia. Por isso, merecem toda a nossa compreensão, nossos louvores e nosso apoio todos os que lutam pela preservação da Liturgia na sua forma tradicional. Por isso também, tem todo o nosso aplauso o tão desejado Motu Próprio do Papa Bento XVI concedendo liberdade universal para a Missa no rito romano tradicional, o que será um benefício para toda a Igreja. O Cardeal George, Arcebispo de Chicago, afirma que a Missa de São Pio V é “uma fonte preciosa de compreensão litúrgica para todos os outros ritos... Esta liturgia pertence à Igreja inteira como um veículo do espírito que dev

Congregação Mariana, ontem, hoje e sempre missionária.

“Nós somos missionários, por Cristo convidados, vamos pois, congregados, seu Reino, construir…”  (Hino oficial das Congregações Marianas) Olá Congregados Marianos, Salve Maria! Mais um Dia Nacional, quando completamos 452 anos de história. Nada melhor do que celebrar, agradecer a nossa Missão, desde sempre! Pois, nascemos missionários e na fidelidade continuamos missionários. O congregado mariano é um discípulo missionário, que evangeliza. A partir da leitura de três documentos da Igreja (ver bibliografia), procuramos resgatar nosso perfil missionário, em um tempo que estamos sendo bombardeados pelos diversos meios de comunicação, causando, não raro, desânimo e aos poucos algumas congregações marianas, vão deixando de existir. Mas, na certeza, que podemos reverter este quadro, a partir de uma conversão interior, primeiro passo, a ser dado se queremos que a nossa Congregação Mariana seja SEMPRE MISSIONÁRIA. A evangelização obedece ao mandato missionário

Dom Oscar Romero, mártir da fé católica, não da política

por Marcio Carvalho    Muitos se espantaram com a retomada do processo de  beatificação de Dom Oscar Romero, mas por conta das informações  superficiais e slogans a seu respeito. Desde seu assassinato, os "teólogos da libertação" o pegaram para mártir da causa , e não mártir da fé católica. Tanto é assim que as manchetes sobre sua  beatificação soam como se fosse uma canonização da teologia da  libertação. "Maior nome da Teologia da Libertação será beatificado", estamparam alguns jornais. Ora, Dom Oscar Romero nunca compactuou com a TL marxista. Na realidade, Romero buscou uma solução pacífica para os problemas de El Salvador. Em sua terceira carta pastoral, escrita em 1978, Romero   condenou a violência da guerrilha esquerdista como "terrorista" e  "sediciosa" . Na quarta carta escrita um ano depois, o Arcebispo de San Salvador lembrou a nação que a violência era justificável apenas emsituações

A verdade sobre o dom de línguas

  “O dom das línguas é um milagre não para os fiéis , mas para os infiéis” (1Cor 14,22). O Papa São Gregório Magno comenta esse versículo: "Estes sinais foram necessários no começo da Igreja . Para que a Fé crescesse, era preciso nutri-la com milagres. Também nós, quando nós plantamos árvores, nós as regamos até que as vemos bem implantadas na terra. Uma vez que elas se enraizaram, cessamos de regá-las. Eis porque São Paulo dizia: “O dom das línguas é um milagre não para os fiéis, mas para os infiéis” (I Cor, XIV,22)." ( Sermões sobre o Evangelho, Livro II, Les éditions du Cerf, Paris, 2008, volume II, pp. 205 a 209). As línguas faladas em pentecostes eram "idiomas" (At 2,8ss). “Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotámia, Judéia, Capadócia, Ponto e Asia, e Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos, Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em n