Quando o tecido sai da fábrica vai para os atacadistas em grandes rolos. Que aplicação terá todo aquele pano? Servirá para o terno de um magnata? Para o vestido de uma arrumadeira? Para a farda de um militar? Quem sabe que os retalhos não irão para um orfanato? Haverá até pedaços que sirvam para pano de pó... Entra na loja um senhor e compra cinco metros de casimira. Vai ao alfaiate. Daí a alguns meses está o nosso homem de terno novo... Agora, daqueles cinco metros não se pode mais dizer o que se dizia do tecido, ainda nas prateleiras do atacadista. Aqueles cinco metros são um terno. Não é mais possível fazer deles o que bem se entenda. Estão em um sistema: foram cortados de acordo com um molde, têm um feitio. Quem é que irá usar o paletó para assoar o nariz ou a calça para lustrar um sapato? Se às vezes estas coisas acontecem, logo a gente diz que o homem não tem educação ou está maluco. Por que não nos lembramos disto na vida espiritual? O homem não pode