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Mostrando postagens de abril, 2014

"Eu era católica e Deus me converteu"

Salve Maria! No mês de setembro completei meu primeiro ano de conversão. Se eu era ateia, protestante ou budista? Definitivamente não, talvez fosse o tipo mais difícil de converter: eu era católica. Fiz uma experiência muito forte do amor de Deus. Quero contar o que me aconteceu e especialmente destacar o papel do Padre Paulo Ricardo em tudo isso. Em 2012, fui morar no Rio de Janeiro: o emprego dos sonhos, lá teria a minha casa, muitos ideais na cabeça, coração batendo forte e desejoso de aventuras e novas histórias... Quando lá cheguei foi tudo BEM diferente. O dono do escritório começou a rivalizar pesado comigo e me demitiu exatamente um mês depois, sem conseguir apontar meio motivo razoável. Ao mesmo tempo meu namoradinho carioca, lindo, inteligente, que tocava violão erudito pra mim em noites de lua cheia com vista para o Pão de Açúcar também resolveu me chutar. De alegrias tropicais minha vida passou a um inferno dos mais dantescos. Fui para ca

China comunista: o país mais cristão do mundo em 15 anos?

Julio Severo O Cristianismo está experimentando um crescimento disparado na República Popular da China — tão rápido que o país comunista de 1,35 bilhão de habitantes será o país mais cristão do mundo em 15 anos, de acordo com a reportagem “China on course to become ‘world’s most Christian nation’ within 15 years” (China no curso para se tornar a “nação mais cristã do mundo” dentro de 15 anos) do jornal inglês The Telegraph . A China é oficialmente considerada ateísta, mas um número cada vez maior de chineses está buscando respostas no Cristianismo — querendo conhecer a vida e os ensinamentos de Jesus Cristo. Claro que quando se fala em China e Cristianismo, o primeiro pensamento durante décadas sempre foram as chamadas igrejas subterrâneas — cristãos que se reuniam em esconderijos para adorar Jesus Cristo por um medo justificado de perseguição, prisão, tortura e morte. Mas o quadro está mudando. No domingo de Páscoa passado, uma mega-igreja no país comunista estava lotada

Os desabrigados diante da Catedral do Rio; ou: a caridade e a politicagem

 André Luiz* Não tive nenhuma educação religiosa quando criança dado que  meus pais sempre se mostraram indiferentes quanto à vida espiritual. Ainda assim sempre fui vividamente interessado no tema. Minha fé juvenil era alimentada por filmes cristãos que costumavam passar no fim do ano e na Semana Santa e por leituras do Evangelho, que eu realizava desde infante. A história de Cristo me fascinava e Sua Paixão me despertava profunda reverência. Por isso também um dos meus 'sonhos de criança', nunca realizados, era ver a encenação da Paixão e Ressurreição de Cristo que começava a ser feita nos Arcos da Lapa. Era um espetáculo de muito maior visibilidade que hoje, em uma cidade e um país bem mais católico-romanos e religiosos. A encenação deste ano, que sequer seria realizada na Lapa mas na Catedral Metropolitana, foi cancelada pela Arquidiocese. A causa, porém, não é o desinteresse crescente dos cariocas e sim os rumos que tomaram a desocupação da chamada 

Domingo da Ressureição

 D. Anselmo Chagas de Paiva, OSB Meus caros amigos, Neste domingo somos chamados a lançar o nosso olhar para o sepulcro vazio e contemplar o radiante mistério da ressurreição do Senhor. Ouvimos mais uma vez ecoar o confortador anúncio: " Cristo ressuscitou!".  Com o Domingo da Ressurreição iniciamos um novo período litúrgico, o tempo pascal. Páscoa significa “passagem”. A origem desta festa perde-se na noite dos tempos. Inicialmente, era uma festa de pastores, que no início da primavera, imolavam um cordeiro do rebanho. Os hebreus transformaram esta festa pastoril no “memorial” da libertação do Egito. Era imolado o cordeiro pascal, sinal da “passagem” de Deus, que fez passar o povo eleito da escravidão para a terra da liberdade. Para os cristãos é a festa principal do ano litúrgico, em que se “comemora” a morte de Cristo na cruz e a sua Ressurreição.  Ao celebrarmos a Ressurreição do Senhor, a liturgia nos recorda as palavras dirigidas pelo anj

Como o catolicismo de Tolkien influenciou sua obra?

Mas muitos fãs de Tolkien ficaram de queixo caído ao saber que ele, um professor de Oxford e amante de cachimbo, era um devoto e fiel católico. Como isso influenciou a sua obra? Drew Bowling Warner Bros Tolkien – um homem de piedosa e forte fé e educação católica – impregnou sua obra literária com a transcendência de sua fé cristã. Desconhecendo os mecanismos alegóricos (ainda que alguns especialistas em seu trabalho declarem o contrário), representou as verdades eternas que sustentam uma boa compreensão do catolicismo (beleza, virtudes, ordem moral, a eterna batalha entre o bem e o mal) em sua obra, de forma que a universalidade destas verdades é mais do que evidente. No caso de “O Hobbit” e “O Senhor dos Anéis”, mundos fantásticos e criaturas proporcionam um contexto no qual os elementos da ontologia cristã podem ser desenvolvidos fora do marco usual, o que reflete sua transcendência, bem como chegar a

"Nem o papa aguentou!"

Luiz Felipe Pondé Eis a máxima da portuguesa Agustina Bessa-Luís: hoje, todo o mundo quer agradar, até o metafísico No dia da renúncia do papa, uma amiga minha querida, portadora de uma personalidade difícil (acha quase todo mundo bobo), mandou-me uma mensagem assim: "Nem o papa aguentou!".  Afinal, o que ele não teria aguentado? Peço licença à minha amiga nojenta para tomar sua exclamação e fazer um pouco de filosofia selvagem a partir dela.  Antes, esclareço que não sofro do comum preconceito de pessoas inteligentinhas contra a Igreja Católica. Qual é esse preconceito? Hoje em dia, num mundo em que todo o mundo diz que não tem preconceito, o único preconceito aceito pelos inteligentinhos é contra a igreja: opressora, machista, medieval...  Estudei anos num colégio jesuíta. Graças aos padres aprendi a coragem intelectual, o gosto pelas letras, o valor da liberdade religiosa, o esforço de pensar de modo claro e

O realizador, o pacificador e o brincalhão: como a ordem de nascimento afeta a personalidade dos irmãos

    Você vai fazer uma viagem de carro com seus irmãos adultos. Qual desses três cenários mais se parece com você? 1. Você vem planejando a viagem há semanas, já cuidou das reservas de hotel e restaurante, trocou o óleo do carro e encheu o tanque. E até já mapeou as paradas para descanso ao longo do caminho. 2. Você passou a manhã na correria, tentando aprontar tudo. No final, jogou lanches e roupas na mala de qualquer jeito, na última hora. Se é você quem vai dirigir, está torcendo para encontrar um posto na estrada e encher o tanque, que está pela metade. 3. Viagem em família? Vai ser divertido! Você aceitou o convite porque vai ser uma curtição e não planejou contribuir com nada, exceto suas piadas e histor

Pastor se converte à Igreja Católica após 20 anos em igrejas Protestantes

Hoje faz exatamente 20 anos do meu batismo na Igreja Assembleia de Deus. Foi em 27 de Março de 1994, domingo, na igreja sede da Assembleia de Deus no Brás (Ministério em Madureira, hoje mais conhecida como AD Brás). Foi um momento marcante em minha vida, eu estava vivendo uma linda experiência de conversão e aquele ato batismal era o cumprimento de uma decisão tomada poucos meses antes, quando aceitei a Jesus como meu Salvador. Sempre fui apaixonado pelo Evangelho desde criança, quando ganhei minha primeira Bíblia aos sete anos, poderia até ver isso como uma vocação sacerdotal. Passados estes vinte anos eu vivo novamente a experiência da conversão, mas desta vez minha fé me trouxe de volta à Igreja Católica Apostólica Romana. No período em que estiva na Assembleia de Deus participei de grupos de mocidade, fui professor de Escola Bíblica Dominical e um cursei Teologia(Básico) pela EETAD, curso que deixei pela metade p