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Mostrando postagens de junho, 2013

50 anos depois, padres jovens retomam a batina

Há 50 anos a “libertação” da batina era tida gesto “jovem” Luis Dufaur · Há 50 anos o cardeal arcebispo de Paris, Mons. Maurice Feltin, aprovou que os padres deixassem de usar a batina em condições normais. Sua decisão, tomada em 29 de junho de 1962, não se apresentou como doutrinária ou moral, mas pastoral, visando adaptar os costumes eclesiásticos às mutações da sociedade. De fato, significou uma mudança histórica e foi acompanhada no mesmo ano pela maioria das dioceses francesas. O “clergyman” foi acolhido até com euforia por sacerdotes novos e “beatas” de sacristia, relembrou o colunista da revista “ La Vie ”, Jean Mercier em artigo sob o sugestivo título de “ A veste de luz ”. Mercier insiste na “embriaguez de modernidade” daquele momento pouco anterior ao Vaticano II para se compreender que a mudança foi recebida como “verdadeira liberação”. Hoje, jovens eclesiásticos querem a batina. Foto: seminaristas em cerimônia de tomada de batina Aproximada

Como conversar com meninas

  por Juliana Moore Não, não é um guia de paquera para garotos tímidos. Este texto da Lisa Bloom nos faz pensar sobre as consequências que nossas atitudes podem ter na educação das crianças, e como podemos mudar parâmetros sociais apenas conversando de modo diferente com uma menininha, segurando o impulso de dizer o quanto ela é linda para surpreendê-la ao ressaltar as outras qualidades que ela tem. Vale dizer que a educação dos meninos também precisa ser repensada, e que autora já escreveu sobre os dois. UPDATE 29/05/13 ATENÇÃO! >>>> Este texto não é meu, apenas traduzi um texto da Lisa Bloom (original aqui ). Ela também já escreveu um artigo sobre como conversar com meninos, quem quiser ler o original em inglês, aqui está o link . A tradução do artigo sobre meninos vai ser publicada em breve neste blog. Como conversar com meninas Eu fui a um jantar na casa de uma amiga na semana passada, e encontrei sua filha de 5 anos pela

O especialista em nada

   Gustavo Nogy |   ROMA — Em mais um gesto de ruptura com a tradição da Igreja Católica, o Papa Francisco admitiu – após cumprimentar fieis na Praça de São Pedro, nesta quarta-feira –, que todos têm pecados, incluindo ele próprio. BRASIL — Em mais um gesto de ruptura com a inteligência humana, o jornalismo brasileiro provou – com exaustiva documentação e abundância de provas – que diploma nenhum é capaz de substituir o coeficiente mínimo de honestidade e bom senso que se espera de quem tem por dever informar. Estou a cada dia mais convencido de que a burrice é uma força física. Há pessoas cuja burrice é tão densa que você quase a pode tocar. E o pior: burrice assim gera campo gravitacional. Isso explica o fato de que jornalistas ligeiramente alfabetizados contem com leitores tão pouco preocupados com o que leem. Nenhuma novela da TV Globo faz o mal que certos ‘diários’ brasileiros fazem. Tirem as criança

De budista a tomista: a conversão ao catolicismo do filósofo Paul Williams

Catedrático de filosofia budista e de religiões indianas na Universidade de Bristol e budista praticante, Paul Williams tem sido por mais de 30 anos uma das principais autoridades acadêmicas sobre budismo no Reino Unido, sendo um budista convicto, intelectual e profissional. Porém, em 1999, surpreendeu seus alunos, colegas e familiares, quando anunciou que se convertera ao cristianismo, especialmente o catolicismo mais ortodoxo. Em 2002 publicou  seu testemunho de conversão e suas reflexões. E le se converteu ao catolicismo após refletir sobre carma e vida após a morte. A revista budista Dharmalife não escondeu sua perplexidade: " Williams é um dos principais estudiosos britânicos do Budismo e um praticante budista há muitos anos. Na verdade, seu livro Budismo Mahayana é uma jóia de clareza e visão. Como foi surpreendente, dois anos atrás, ouvi-lo dizer que decidiu tornar-se católico! [...] Sobre o catolicismo, eu tendia a supor que o budismo fosse a escolha espi

DOMINUS PLINIUS: UM SONHADOR DE SECRETAS REDENÇÕES

DOMINUS PLINIUS: UM SONHADOR DE SECRETAS REDENÇÕES (excerto de "A Presença Oculta") Paulo Valadares Na literatura de Jorge Luís Borges (1899-1986), o brasileiro Antonio Conselheiro (1828-1897) aparece como um “ sonhador de secretas redenções ”. Creio que o título cabe também ao advogado Plinio Corrêa de Oliveira, carmelita e descendente de cristãos-novos, que é mais conhecido como líder anti-comunista, fundador da TFP, mas pouco se diz do criador de uma sociedade secreta e mística destinada a cultivar uma escatologia messiânica. Aqui não me interessa a dimensão política desta sociedade, mas a sua porção religiosa, notadamente os seus elementos simbólicos que a legitimam e lhe dão identidade [1] . Plínio Corrêa de Oliveira nasceu em S. Paulo (1908-1995), filho do advogado João Paulo Corrêa de Oliveira e Lucília Ribeiro dos Santos. O pai era originário da açucarocracia pernambucana (sobrinho do Conselheiro João Alfredo, chefe do gabinete que aboliu a esc