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Mostrando postagens de março, 2010

Reforma de Bento XVI: inovação e tradição na liturgia

Reforma de Bento XVI: inovação e tradição na liturgia Entrevista com o teólogo e liturgista Nicola Bux Por Antonio Gaspari  ROMA, segunda-feira, 29 de março de 2010 ( ZENIT.org ).- Em julho de 2007, com o  motu proprio  “ Summorum Pontificum”,  Bento XVI restabeleceu a celebração da Missa segundo o rito tridentino. O fato suscitou uma agitação. Elevaram-se vibrantes vozes de protesto, mas também aclamações valentes. Para explicar o sentido e a prática da reforma litúrgica de Bento XVI, Nicola Bux, sacerdote e especialista em liturgia oriental, além de consultor do Ofício de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice, publicou o livro  La riforma di Benedetto XVI. La liturgia tra innovazione e tradizione  (Piemme, Casale Monferrato 2008), com prólogo de Vittorio Messori. No livro, o especialista explica que a recuperação do rito latino não é um retrocesso, uma volta à época anterior ao Concílio Vaticano II, mas sim um olhar adiante, recuperando da tradição passada o mais belo e sig

universidade não pode se limitar a transmitir competências

Cardeal Scola: “universidade não pode se limitar a transmitir competências” Patriarca de Veneza fala na festa do Ateneu Pontifício “Regina Apostolorum” ROMA, quinta-feira, 25 de março de 2010 ( ZENIT.org ). – A Universidade deve se tornar um lugar de busca e verificação da verdade, onde se aprende a lançar “um olhar unitário sobre o real”, e não apenas meras competências.  No dia dedicado, como em todos os anos, à festa deste Ateneu – que congrega estudantes, professores, amigos e colaboradores, unidos no empenho do serviço à Igreja – o cardeal Angelo Scola, Patriarca de Veneza, discorreu, em sua Lectio magistralis , sobre o tema “Paidéia e Universidade”, tratando do desafio educacional no âmbito do pensamento pós-moderno e da contribuição que as instituições educacionais têm a oferecer. Em sua reflexão, o cardeal começou por explicar o conceito de Paidéia, entendida como “verdadeiro e próprio agir educativo”, recorrendo ao pensamento de Jacques Maritain, que no livro “Por uma fil

A mídia, o Papa e a pedofilia - Everth Queiroz Oliveira

A mídia, o Papa e a pedofilia Everth Queiroz Oliveira | 28/03/2010 at 17:21 | Depois de uma Quaresma conturbada pela descoberta de antigos casos de pedofilia no clero alemão e também pela publicação de uma carta pastoral do Santo Padre aos fiéis da Irlanda sobre o doloroso tema dos abusos sexuais, a Igreja entra na Semana Santa e contempla não só a Paixão de Nosso Senhor e as dores de Maria, mas também – e principalmente – a paixão do Papa Bento XVI. Os ataques contra sua Santidade sempre aconteceram, mas, nos últimos meses, aumentaram de uma maneira insuportável. A mídia não quer mais enfatizar os casos de abusos sexuais nem a necessidade de se oferecer assistências às famílias das vítimas nem a importância de se punir os culpados por esses crimes que clamam ao céu por vingança; os meios de comunicação focalizam o papa. Faz sentido, afinal o Papa é o representante máximo da Igreja Católica. Mas, todo o alvoroço que é feito na figura do Sumo Pontífice é realmente exagerado. O

Cem anos de pedofilia - Olavo de Carvalho

Cem anos de pedofilia Olavo de Carvalho O Globo , 27 de abril de 2002   Na Grécia e no Império Romano, o uso de menores para a satisfação sexual de adultos foi um costume tolerado e até prezado. Na China, castrar meninos para vendê-los a ricos pederastas foi um comércio legítimo durante milênios. No mundo islâmico, a rígida moral que ordena as relações entre homens e mulheres foi não raro compensada pela tolerância para com a pedofilia homossexual. Em alguns países isso durou até pelo menos o começo do século XX, fazendo da Argélia, por exemplo, um jardim das delícias para os viajantes depravados (leiam as memórias de André Gide, “Si le grain ne meurt”). Por toda parte onde a prática da pedofilia recuou, foi a influência do cristianismo — e praticamente ela só — que libertou as crianças desse jugo temível. Mas isso teve um preço. É como se uma corrente subterrânea de ódio e ressentimento atravessasse dois milênios de história, aguardando o momento da vingança. Esse momento chego

Antipapas e perigos do magistério paralelo

Antipapas e perigos do magistério paralelo Por Dom Giampaolo Crepaldi ROMA, segunda-feira, 22 de março de 2010 ( ZENIT.org ).- A tentativa da imprensa de envolver Bento XVI na questão da pedofilia é só o mais recente dos sinais de aversão que muitos nutrem com relação ao Papa. É necessário perguntar-se como este Pontífice, apesar de sua mansidão evangélica e da sua honradez, da clareza das suas palavras unida à profundidade do seu pensamento e dos seus ensinamentos, suscita em alguns lugares sentimentos de antipatia e formas de anticlericalismo que pareciam superadas. E – isso é preciso dizer – suscita ainda mais assombro e inclusive dor quando aqueles que não seguem o Papa e denunciam seus supostos erros são homens de Igreja, sejam teólogos, sacerdotes ou leigos. As inusitadas e claramente forçadas acusações do teólogo Hans Küng contra a pessoa de Joseph Ratzinger, teólogo, bispo, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e agora Pontífice, por ter causado, segundo ele, a pedo

Lá, onde José recebeu a graça do Espírito Santo

Lá, onde José recebeu a graça do Espírito Santo João, o ramo da videira da pureza, recebeu a plenitude do saber no oceano inenarrável da teologia, inclinando-se sobre o peito do Senhor, durante a ceia; mas o esposo da Virgem, o casto José, recebeu a graça do Espírito Santo neste Oceano Divino, quando o Senhor Jesus se inclinou sobre o seu peito, na qualidade de filho. Liturgia greco-católica da festa de São José, dia 19 de março            

[Fwd: Ídolos pop levantam a bandeira da virgindade e fãs adotam 'anel da pureza']

Ídolos pop levantam a bandeira da virgindade e fãs adotam 'anel da pureza' Símbolo da abstinência sexual, acessório virou moda entre adolescentes. Rapazes do Jonas Brothers e atriz de 'Hannah Montana' usam o adereço. Dolores Orosco Do G1, em São Paulo Foto: Daigo Oliva/G1 O estudante Paulo Sérgio dos Santos exibe seu "anel da pureza". (Foto: Daigo Oliva/G1) O trio Jonas Brothers usa. Miley Cyrus, a atriz bochechuda da série "Hannah Montana", também. O "anel da pureza", acessório que simboliza a promessa de jovens religiosos em manter a virgindade até o casamento, virou moda entre adolescentes que seguem à risca os passos dos ídolos. No caso, os dois fenômenos pop da vez. O estudante paulistano Paulo Sérgio dos Santos, de 18 anos, virou fã dos irmãos americanos Kevin, Joe e Nick – os Jonas Brothers – desde que descobriu que os rapazes levantam a bandeira da castidade. E resolveu adotar a idéia. "O anel

Imitar a paciência de Deus

Imitar a paciência de Deus Como é grande a paciência de Deus! [...] Ele faz com que o dia nasça e com que o sol se levante tanto para os bons como para os maus (Mt 5, 45); Ele rega a terra com as chuvas e ninguém fica excluído da Sua benevolência, uma vez que a água é dada indistintamente aos justos e aos injustos. Vemo-Lo agir com igual paciência para com os culpados e para com os inocentes, os fiéis e os ímpios, aqueles que Lhe dão graças e os ingratos. Para todos eles os tempos obedecem à voz de Deus, os elementos colocam-se ao Seu serviço, os ventos sopram, manam as fontes, as colheitas aumentam de abundância, a uva amadurece, as árvores carregam-se de frutos, as florestas reverdecem e os prados cobrem-se de flores. [...] E embora Ele tenha o poder de Se vingar, prefere esperar muito tempo com paciência e aguarda e adia com bondade para que, se for possível, a malícia se esbata com o tempo e o homem [...] se volte enfim para Deus, segundo o que Ele mesmo nos diz: «Não tenho

A criatura contra seu criador

       A criatura contra seu criador Fonte: CNBB Dom Aloísio Roque Oppermann http://www.tvaparecida.com.br/festadapadroeira/wp-content/uploads//2009/10/DSC07301.JPGTempos houve, em que os cristãos de nosso país, possuídos dos mais nobres desejos, descobriram, finalmente, de que forma poderiam vencer os opressores do nosso povo e chegar à bem-aventurança da libertação plena. O instrumento, usado pela Igreja, era frágil. Segundo seu método, o caminho é a abordagem interna, é a conversão pessoal, para daí partir para a mudança social. Isso é muito demorado. Descobriu-se a solução do problema. O socialismo, mais ágil e mais ousado, tradicionalmente agnóstico, usava o método da imposição. Seriam apenas males menores. Esse caminho, no entanto, levaria à mudança das estruturas, e exigiria, apenas por um tempo breve, o cerceamento das liberdades, e o sacrifício de algumas cabeças livres. Desse conúbio nasceu aqui no Brasil, um grande partido político, destinado a se tornar a “redenção