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Carnaval...

SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO E O CARNAVAL

"Por este amigo, a quem o Espírito Santo nos exorta a sermos fiéis no
tempo da sua pobreza, podemos entender que é Jesus Cristo, que
especialmente nestes dias de carnaval é deixado sozinho pelos homens
ingratos e como que reduzido à extrema penúria. Se um só pecado, como
dizem as Escrituras, já desonra a Deus, o injuria e o despreza, imagina
quanto o divino Redentor deve ficar aflito neste tempo em que são
cometidos milhares de pecados de toda a espécie, por toda a condição de
pessoas, e quiçá por pessoas que lhe estão consagradas. Jesus Cristo não
é mais suscetível de dor; mas, se ainda pudesse sofrer, havia de morrer
nestes dias desgraçados e havia de morrer tantas vezes quantas são as
ofensas que lhe são feitas.

É por isso que os santos, a fim de desagravarem o Senhor de tantos
ultrajes, aplicavam-se no tempo de carnaval, de modo especial, ao
recolhimento, à penitência, à oração, e multiplicavam os atos de amor,
de adoração e de louvor para com o seu Bem-Amado. No tempo do carnaval,
Santa Maria Madalena de Pazzi passava as noites inteiras diante do
Santíssimo Sacramento, oferecendo a Deus o sangue de Jesus Cristo pelos
pobres pecadores. O Bem-aventurado Henrique Suso guardava um jejum
rigoroso a fim de expiar as intemperanças cometidas. São Carlos Borromeu
castigava o seu corpo com disciplinas e penitências extraordinárias. São
Filipe Néri convocava o povo para visitar com ele os santuários e
realizar exercícios de devoção. O mesmo praticava São Francisco de
Sales, que, não contente com a vida mais recolhida que então levava,
pregava ainda na igreja diante de um auditório numerosíssimo. Tendo
conhecimento que algumas pessoas por ele dirigidas, que se relaxavam um
pouco nos dias de carnaval, repreendia-as com brandura e exortava-as à
comunhão frequente.

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